[Semana Halloween] O Anúncio da Morte (Conto)

O Conto que vou expor hoje, é de autoria da Marcia Reais MacEvan, autora parceria do blog. A história que será contada é totalmente fictícia, qualquer semelhança com a vida a real, é mera coincidência (ou não).

O Anúncio da Morte

Um grupo de jovens agora estava a caminho de um lindo sítio. Um feliz domingo era aguardado por todos, e isso podia ser percebido pelas músicas alvoroçadas e risadas escandalosas.

Eliana porém, estava perdida, em algum ponto de seus pensamentos. Dificilmente alguém a tiraria de seus devaneios. Todos alegres, mas Eliana parecia pressentir algo doloroso, triste.

Ao avistarem o sítio, os amigos de Eliana aumentaram a algazarra. O grupo confirmou a propaganda feita por um dos amigos. Além do rio translúcido que cortava o sítio, outro ponto chamou atenção.

Uma casa estilo colonial, antiguíssima, estava fechada há décadas.

Após carregarem todos os seus pertences, a garotada invadiu o rio para aplacar o calor intenso do dia. Que delícia, que refrescante, pensavam os jovens. Logo o calor foi afastado, dando lugar para uma competição de mergulho. Estavam todos envolvidos na brincadeira quando ouviram um estampido.

O silêncio se fez presente, sendo apenas afrontado pelo barulho das águas do rio.

Um grito ecoou pela casa. Sentiram falta de uma das amigas. Juliana havia desaparecido. Gargalhadas demoníacas, correntes sendo arrastadas. O medo imperou sobre a turma que lutavam com a necessidade de entrar na casa e encontrar a amiga, ou talvez encontrar o pior.

A tarde caiu como condenação. Juliana não dava sinais de vida. Outro grito. Carlos deu seu adeus de forma desesperada. Um a um dos jovens foram desaparecendo no sítio enquanto buscavam pelos demais.

Agora só restavam três pessoas do grupo. Mas o que estava acontecendo? Eliana pensava.

-- Julio! – Eliana chamou por outro desaparecido.

Restava somente Eliana e Jorge, que de repente se depararam com caixões.

Não acreditando no que viam, abriram rapidamente os caixões se deparando com cada um dos amigos desaparecidos, todos sem vida.

Surgido do nada, ele, o misterioso sugador de vidas. Seus olhos vermelhos eram aterrorizantes, lembravam a vingança, o sangue, a carnificina.

Jorge foi a outra vítima. Sua cabeça genial voou rapidamente até atingir o rio desaparecendo nas correntezas. Seu corpo inerte tombou sobre Eliana que estava paralisada.

A pobre garota só pode acompanhar os movimentos do louco psicopata vindo em sua direção...

***

Um barulho.

Eliana abriu os olhos. Estava caída no chão do quarto. Levantou-se ainda confusa. Caminhou até o banheiro  e lavou o rosto tentando esquecer aquele pesadelo, provavelmente motivado pelo filme de terror que havia assistido na noite anterior.

Olhando para a janela, viu os olhos vermelhos de vingança. Eliana fechou os olhos, os apertando com força. Nesse momento viu o pesadelo passando por sua memória como um filme.

Ao abrir os olhos, Eliana não viu mais os olhos do psicopata.

Mas quanto de realidade havia naquele pesadelo? Eliana estava assustada com tanta semelhança entre o real e os sonhos.

Lentamente, Eliana tomou um banho e se arrumou, ainda com as imagens passeando por seus pensamentos.

Um barulho.

Os amigos haviam chegado para o piquenique no sítio...

Marcia R MacEvan