[Resenha #35] Bruxos e Bruxas (James Patterson e Gabrielle Charbonnet)

Nome: Bruxos e Bruxas

Autores: James Patterson e Gabrielle Charbonnet

ISBN: 9788581632216

Editora: Novo Conceito

Páginas: 286

Sinopse: No meio da noite os irmão Allgood – Whit e Wisty – foram arrancados de sua casa, acusados de bruxaria e jogados em uma prisão. Milhares de outros jovens como eles também foram sequestrados, acusados e presos. Outros tantos estão desaparecidos. O destino dessses jovens é desconhecido, mas assim é o mundo sob o Regime da Nova Ordem, um governo opressor que acredita que todos os menores de 18 anos são naturalmente suspeitos de conspiração. E o pior ainda está por vir, porque O Único Que não poupará esforços para acabar com a vida e a liberdade, como os livros e a música, com a arte e a magia, nem para extirpar tudo o que tenha a ver com a vida de um adolescente normal. Caberá aos irmãos Whit e Wisty lutar contra esta terrível realidade que não está nada longe de nós.

Escolhi iniciar o ano por essa leitura, pois este é um livro que já estava a um tempo parado na minha estante (aproximadamente um ano). Iniciei a leitura deste livro sem grandes expectativas, o que foi bom já que não me decepcionei, mas também não me surpreendi com o enredo.

Whit e Wisty são adolescentes que vivem uma vida normal até que em uma madrugada tudo muda e, eles são presos em sua casa acusados de bruxaria. Essa acusação mostra-se verdadeira já que os irmãos realmente são bruxos poderosos. Entretanto apesar de todos (quando digo todos quero dizer pais, amigos e governo) saberem dessa pequena peculiaridade dos irmãos, os mesmos não fazem a menor ideia dos poderes que possuem. Esses poderes vão sendo descobertos ao longo da narrativa.

 Os capítulos são narrados tanto por Whit quanto por Wisty o que acaba por mostrar a visão de ambos sobre os acontecimentos em que estão envolvidos. Neste primeiro livro acompanhamos o processo de descoberta de seus poderes bem como de seus papéis para a salvação da população que vive sob uma ditadura cruel e violenta na qual são proibidos livros, músicas assim como também a magia. Quem é pego desafiando esse governo é punido de forma extremamente violenta e sádica.

                 

Os autores fazem alusão a ícones da nossa cultura literária como por exemplo: Harry Potter e Percy Jackson, todavia modificaram seus nomes para “Harry Podre” e “Percival Johnson” e  traz também referências a cultura musical.

“Cresci com meus pais colocando todo tipo de música para tocar lá em casa: coisa antiga, coisa nova, música clássica, blues, jazz, rock, pop e até hip-hop. Estou falando: tudo mesmo, de Toasterface a Ron Sayer, passando pelo Lay-Z. Carão Vermelho e Bazuza ao Raul Queixas.”

Desculpem-me, mas se tem algo que me incomoda é quando o tradutor não é fiel ao texto original e faz modificações na obra. Para qualquer bom entendedor Carão Vermelho,  Bazuza e Raul Queixas seriam respectivamente Barão Vermelho, Cazuza e Raul Seixas, ícones do rock brasileiro e não americano, como são os protagonistas deste livro.

Voltando a falar dos protagonistas os mesmos não me convenceram como os Grandes Salvadores que o livro nos traz. Ambos são imaturos e egoístas sendo que em mais de uma passagem do livro Misty, quando colocada em situações em que corre perigo ou se sente ameaçada, mostra a língua para o seu oponente, o que nos demonstra grande grau de imaturidade.

O livro mostrou-se uma leitura rápida e fácil uma vez que seus capítulos são curtos e intercalados pela visão dos acontecimentos de cada irmão. Ao mesmo tempo, talvez por esse mesmo motivo achei que faltou aos autores aprofundarem mais em alguns detalhes que explicariam melhor os acontecimentos e sentimentos dos personagens. Espero que nos próximos livros isso seja explorado melhor. Como um bom livro para se ler em uma tarde no lugar da Sessão da Tarde, recomendo a leitura, principalmente aos jovens que vão gostar da aventura. Pretendo continuar a leitura da série na esperança de que todas as pontas soltas sejam amarradas e que os protagonistas emadureçam e assumam seus papéis de Salvadores.

(Bom)