Resenha #5 - Édipo Rei - Antígona (Sófocles)



• Edição: 1
• Editora: Martin Claret 
• ISBN: 8526242571
• Ano: 2002
• Páginas: 92


   Bom, primeiramente preciso me apresentar aos leitores do blog. Sou primo da Thay (embora prefira chama-la de NARA). Sou Nillo e fui convidado a postar algumas das obras que venho lendo no decorrer dos meus dezenove anos.  A primeira obra que gostaria de apresentar a vocês é ÉDIPO REI, uma ao qual fui obrigado a ler enquanto pagava a disciplina de Direito e Literatura. Sim, se você achou estranho eu ter dito que fui obrigado, é a mais pura verdade, pois a obra a qual irei falar é de gênero dramático, sendo minha preferência obras que envolvam suspense e coisas do tipo. Mas ao sentar para ler o livro, me fascinei com as primeiras páginas, embora acreditasse que ali ainda encontraria o velho clichê "clássico-dramático": “Um rei apaixonado que sofre por amor, alguma maldição, não pode faltar a morte de alguém (porque não pode faltar choro em um drama) e um velho final feliz para completar o livro, e  fim!” (Perdão aos fãs de obras dramáticas, mas, definitivamente esses são os clássicos elementos de obras desse segmento. Raras as exceções). 


   Embora, antes de iniciar a leitura do livro estivesse preso aos meus velhos conceitos literários sobre o gênero dramático, não foi isso que encontrei lá. (Já gostei por isso). O drama existe nesta obra, porém eea é abordado de um modo mais complexo e envolvente, pois a cada página te aumenta à vontade de saber que maldição seria essa.

Enredo: Em Monte Citerão, entre Tebas e Corinto. Um bebê com os pés amarrado é deixado ali para morrer. Por piedade, um pastor coríntio consegue salvá-lo e o leva para casa, onde será adotado pelo rei Pólibo. Muitos anos depois, consultando o oráculo de Delfos para esclarecer uma dúvida sobre sua origem, o jovem, de nome Édipo, é atingido por uma terrível profecia: seu destino é matar o pai e desposar a própria mãe ( ou seja, casar com ela). A fim de evitar o desastre, Édipo abandona a sua cidade (Corinto). Porém em suas andanças, encontra um velho homem, com quem discute em uma encruzilhada, eis que lá, movido pelo ódio e o abalo de tantas informações vindas de uma única vez, ele mata o viajante e toda sua comitiva, sobrevivendo apenas um. Após o fato Édipo continua seguindo sem rumo e chega às portas de Tebas, onde a Esfinge propõe-lhe um enigma (Esfinge é a guardião de Tebas, até então nenhum homem havia sobrevivido aos seus desafios). Eis que Édipo é o primeiro homem a vencer o desafio. Como dupla recompensa, recebe o título de rei das mãos de Creonte (que é irmão da Rainha e o regente de Tebas na ausência do Rei) e a mão de Jocasta, viúva de Laio, o rei assassinado misteriosamente.

   Passam-se mais de quinze anos. Uma peste terrível assola a cidade. Após consulta ao oráculo de Delfos, Creonte diz ao rei que, para livrar a cidade do flagelo, é preciso encontrar e punir o assassino de Laio. Édipo diz aos tebanos que o criminoso, banido, será maldito para sempre. O cego Tirésias (que é uma espécie de vidente), é chamado para ajudar nas investigações e diz a Édipo que o assassino está mais perto do que ele imagina. O rei se lembra então da antiga profecia que o fez sair de Corinto e teme ter fracassado na tentativa de se opor ao seu destino. Nesse ínterim, chega um mensageiro de Corinto noticiando a morte de Pólibo, de quem Édipo não era filho legítimo, conforme se vem a saber. Quase ao mesmo tempo, aparece o homem que compunha a comitiva de Laio no dia em que este foi morto (o único homem sobrevivente). Trata-se do mesmo pastor que abandonou o bebê no monte Citerão. Aquela criança está agora diante dele: é o rei de Tebas. Então tudo se revela: Édipo de fato matou seu verdadeiro pai (Laio) e casou-se com sua mãe (Jocasta). Como havia dito, somente no final da obra iria se descobrir o porque dos fatos ocorridos na história.

   Apesar de todos esses fatos, a história não acaba ai. A rainha suicida-se e Édipo fura os próprios olhos como forma de punição. Cego, Édipo decide abandonar a cidade. Ao testemunhar a luta de seus dois filhos pelo poder, ele os amaldiçoa e torna-se novamente andarilho; Vagando por estradas ele tem a companhia de sua filha Antígona, que passa a acompanhar o pai nessa jornada. Porem ao aproximar-se dos bosques de Colono, Édipo sente que está próximo o seu fim e eis que vem a falecer.


#Complemento: Não citei o porquê da maldição de Édipo e alguns outros fatos, para que vocês possam se interessar em descobrir e buscarem ler a obra. Posso garantir que o motivo dessa maldição é mais intrigante que a própria historia em si.

Opinião: É impossível você ouvir a história do livro e tentar não ler a obra a fundo. Coloquei apenas um breve resumo, pois meus dias estão corridos e até tirar tempo para ler um bom livro “tá complicado”. Mas acho que a leitura dessa obra dramática me serviu de lição, pois muitas vezes deixei de ler livros desse gênero, pelo velho  conceito que todos seguem o mesmo principio, como já havia dito. Quebrei a cara! Li e recomendo. Além de um texto incrível, você vai sentir a aflição vivida por Édipo, que de tudo fez para se livrar da maldição ao qual foi vitima, mas não se livrou. E o pior de tudo é que o coitado nada fez por merecer esse fim.
 “Ah! não podia esquecer de falar. Tive que apresentar o contexto da obra quanto a forma que a legislação brasileira interpretaria os fatos ali ocorridos. Tirei 10!”  >.<

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6 comentários:

  1. Meu professor de português levou esse livro pra escola semana passada.

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  2. Eu curto obras dramática, principalmente os romances dramáticos e caóticos de Shakespeare, rsrs. Gostei bastante da resenha e me interessei bastante pela leitura desse livro, pois se um não-amante de dramas gostou, é porque o enrede tem mesmo um tempero especial :)

    Vou procurar no sebo da minha cidade para ver se o encontro por um bom preço *-*
    E espero que encontre :3
    Beijos, Nat

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  3. Acho que já vi esse livro em algum site de compra .. Gostei , pode ser uma boa escolha para se ler ^^

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  4. Primeiro, eu não conhecia esse livro... nunca ouvi nada sobre ele ou li.

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  5. Segundo... achei muito, muito boa a resenha do seu primo. É uma resenha incrível e eu adorei!

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  6. convencido o seu primo, tirou 10 kkk Parabéns!

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