Resenha #28 - Misery (Stephen King)

Stephen King

Nome: Misery
Autor: Stephen King
Editora: Suma de Letras
ISBN: 9788581052144
Ano: 2014
Páginas: 326


Sinopse:
Paul Sheldon é um famoso escritor reconhecido pela série de best-sellers protagonizados por Misery Chastain. No dia em que termina de escrever um novo manuscrito, decide sair para comemorar, apesar da forte nevasca. Após derrapar e sofrer um grave acidente de carro, Paul é resgatado pela enfermeira aposentada Annie Wilkes, que surge em seu caminho. A simpática senhora é também uma leitora voraz que se autointitula a fã número um do autor. No entanto, o desfecho do último livro com a personagem Misery desperta na enfermeira seu lado mais sádico e psicótico. Profundamente abalada, Annie o isola em um quarto e inicia uma série de torturas e ameaças, que só chegarão ao fim quando ele reescrever a narrativa com o final que ela considera apropriado. Ferido e debilitado, em Misery – Louca obsessão, Paul Sheldon terá que usar toda a criatividade para salvar a própria vida e, talvez, escapar deste pesadelo. 

   Quando Paul Sheldon terminou seu novo romance, depois de já ter bebido, e com uma ameaça de nevasca, ele decidiu sair para comemorar. Não deu outra! Ele acabou se envolvendo em um acidente de carro.

"Ele era Paul Sheldon, que escrevia dois tipos de romance: romances bons e romances campeões de vendas."


   Mas para seu azar sua sorte, Annie Wilkes, uma ex-enfermeira viu o acidente. E como qualquer outra pessoa faria, ela o ajudou. Mas o acidentado não era um qualquer. ERA PAUL SHELDON, SEU ESCRITOR FAVORITO. Como uma lunática número um, ela tirou Paul de entre os destroços e o levou para casa. Ela o deixou no quarto de hóspedes.
"Ele descobriu três coisas quase simultaneamente [...] A primeira era que Annie Wilkes tinha bastante Novril. A segunda era que ela é viciada em Novril. A terceira era que Annie Wilkes era perigosamente louca"
   Até aí ""tudo bem"", ela cuidava dele direitinho, o drogava com remédios para que os mourões não aparecessem. Mas os 'cuidados' duraram pouco, logo Paul descobriu que Annie não estava apenas cuidando dele, ela o transformara em um prisioneiro.
"A dor não vinha em ondas como o mar [...] A dor era como um mourão, às vezes coberta e às vezes visível, mas estava sempre lá."
   Paul ficou bastante conhecido entre as senhoras depois do romance 'Misery', onde ele explicitava cenas de sexo para satisfazê-las, e claro, não podia faltar aquele romance clichê. Foi recorde de vendas. Quando o último livro da série saiu, Paul já era prisioneiro de Annie, e ela simplesmente ficou transtornada com o final trágico de Misery.

   O que fazer quando se tem o autor preferido "hospedado" em sua casa, e o final do último livro não agradou? SIMPLES! Bota ele para escrever uma continuação da história, dando um jeito de consertar a "meleca" que ele fez no livro anterior. Mas claro, essa seria uma edição só dela. Ninguém mais teria. Seria exclusividade de Annie Wilkes.

   Ela comprou uma máquina datilográfica para Paul, e que ele se virasse para trazer Misery de volta. O ruim era que na máquina faltava a letra 'N'. Quando começou a escrever, Paul já podia perceber. Aquele seria o melhor livro da sua vida.
"Acho que você pensa em escapar, Paul [...] Se essa fosse uma das suas histórias, talvez você conseguisse, mas não é. Eu não posso deixar você ir embora... mas posso ir com você."
    Afinal, Annie tinha várias maneiras de encorajar Paul a escrever. Ela o deixava sem remédios para dor, e o ameaçava com chutes e machados.
"Estou mais perto da morte do que jamais estive na vida, pensou ele, porque ela realmente fala sério. Essa puta fala sério."
"Ela trazia um bolo e cantava Parabéns para Você alto na voz afinada, mas sem timbre, embora não fosse seu aniversário, e havia velas por todo o bolo e enfiado bem no meio do glacê como uma vela enorme estava o seu polegar morto e cinzento [...] Se você prometer que vai se comportar, Paul, você ganha um pedaço de bolo mas não precisa comer a vela especial[...] 

Sai dessa, Paul?


Opinião: Até então nunca tinha lido nada do King. Quando peguei o livro para ler, as páginas pareciam voar, embora ele faça uma introdução imensa e desnecessária. Ele sabe como prender o leitor. E outra, nas últimas páginas, fiquei desconcertada, não acreditei no que aconteceu, mas depois vi que o Stephen King é o autor troll.



7 comentários:

  1. Oi Thay, tudo bem? Bom, nunca li nada do King e tenho muita vontade de conhecer... eu tenho "Sob a Redoma" aqui em casa, mas ainda me dá um pouco de preguiça. Achei bem interessante esse livro, adoro esse tipo de terror mais psicológico, se bem que a Annie é realmente louca. Fiquei curiosa para saber como vai ser esse romance reeditado do Paul. Ótima resenha!!

    Beijinhos,

    Rafaella Lima // Vamos Falar de Livros?

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  2. Olá.. tudo bem??

    tenho uma imensa vontade de ler algo do King... até hoje só assisti filmes baseados em seus livros e gostei muito... um dos livros dele que quero muito ler é o Iluminado... Mas gostei da premissa desse livro... não sei se eu faria o mesmo que a Annie se encontra-se meu autor preferido apesar que no meu caso seria autora rsrsrs. Xero!!!!

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  3. Oiee, tudo bem?

    Confesso que não tenho vontade de ler os livros do King. Não curto esse gênero literário. Sei que ele é um super mestre, mas prefiro algo mais leve =P. Mas que bom que você curtiu a leitura.

    beijos
    Kel
    www.porumaboaleitura.com.br

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  4. Se o autor fosse qualquer um que não Stephen King, eu até poderia dar uma chance ao livro, pois a premissa é bem interessante. Só que eu leio o nome desse cara e já pulo fora na mesma hora por causa do trauma de adolescência com O Iluminado. Morro de medo!!! Não quero nem pensar o que Annie fez com o pobre do Paul, tadinho! rsrsrs
    Não conhecia o livro, não pretendo ler, mas gostei da premissa. Se um dia fizerem uma releitura com uma pegada mais leve, quem sabe?
    Beijinhos!
    Giulia - www.prazermechamolivro.com

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  5. Oi,
    Eu adoro terror e drama psicológico, por isso tenho certeza que irei adorar Misery. Essa obsessão doentia que extrapola a sanidade na relação entre fã/ídolo me deixa muito instigado. Sua resenha contribuiu para me deixar ainda mais curioso!

    Abraço
    Adriano
    GeraçãoLeitura.com || http://geracaoleiturapontocom.blogspot.com.br/

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  6. Oi, tudo bem? Ainda não li nada do King, mas tenho vontade. Misery é um livro que me chamou a atenção após ler sua resenha, então vou começar com este do King. Outro dele que quero ler é Sob a redoma. Ótima resenha, fiquei bem interessada.

    Beijos,
    Leitora Sempre

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  7. Mas que papo de maluco hahaha. De onde o autor tirou essa ideia? Porque é genial!
    Curto muito quando os livros abordam temas ligados ao mundo literário.. e que fã nunca quis um final diferente para um livro?! Só não me interesso mais porque a linha de terror que o autor costuma usar não me agrada. Gosto de trillers psicológicos, mas não de terror.

    Beijiinhos ;*
    Andressa - Blog Mais que Livros

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